
Atrás, seguindo no carro do pregão, puxado por cavalos, segue o pregoeiro, trajando a preceito, com batina, calça, sapatos pretos, colete, camisa branca de bicos, luvas brancas e laço branco, e com o rosto encoberto por uma mascarilha. De cima do carro, o pregoeiro declamava, em alta voz, o pregão: um longo texto em verso por onde passavam as referências à tradição nicolina, as alfinetadas no governo municipal, as alusões galantes ou brejeiras às damas.
O “Pregão” é assim, dos números mais característicos e mais tipicamente nicolinos, servindo de suporte histórico e fazendo bem a ponte entre o folguedo estudantil, no zabumbar de caixas e bombos e os conhecimentos literários e a capacidade de escrita e declamação, esperável da sua formação escolar.